terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

FORTES OU FRACOS!




“Ora, nós que somos fortes devemos suportar as debilidades dos fracos e não agradar-nos a nós mesmos. Portanto, cada um de nós agrade ao próximo no que é bom para edificação.” Romanos 15.1-2.

            Ao confrontarmos a realidade da fala, através dos testemunhos, ensino e pregação de certos líderes de certas chamadas “igrejas cristãs” de nossos dias, em relação as inspiradas palavras do Espírito Santo ao apóstolo Paulo, facilmente percebemos que há uma grotesca e enorme diferença entre esses e aquele, se não, observemos.
            No falso ensino de nossos dias, os guias ensinam seus liderados a serem como eles: poderosos, famosos, ricos, enfim bem sucedidas pessoas de sucesso, Há eu ia esquecendo, também MIMADOS. É necessário ser forte para subjugar aqueles que se colocam contra nós, dizem eles. Então iniciamos uma série de contendas na igreja, em casa, no trabalho, isto é, em todos os lugares, por onde passamos e quando ouvimos críticas, afirmamos de cara deslavada: Isso é coisa do inimigo, que está se levantando contra mim. Dão mau testemunho e ainda põem a culpa no Diabo, pode isso???!!!
            Se dizem fortes, contudo diante da verdade revelam-se frágeis. Choram quando suas palavras são contraditas ou suas vontades não atendidas, ficam ensimesmadas em seu egoísmo. Não conseguem perceber nada, além de si mesmas, infelizmente também não contemplam a vastidão da grandiosidade e graciosidade divinas, pois são espiritualmente míopes. Seus corações não estão aquecidos pela chama do amor às almas perdidas, mas lamentam por “suas oportunidades perdidas”. Não se aproximam de outros para ajudar, mas para que sejam servidos, e tem mais, nem pense em esquecer-se de lhes agradecer, pois o privilégio/dever de servi-los é seu.
            A força concedida por Deus é para que nos aproximemos do Altíssimo, e assim vençamos a luta contra o pecado, que nos afasta do Senhor. Para que sejamos restaurados no Espírito Santo e resistamos às tentações do Diabo. Para que a nova e santa natureza de Cristo, nos fortaleça contra a oposição da velha natureza adâmica. Para que nossa mente seja renovada, diante das investidas desse sistema corrompido, e, que jaz no maligno. Para que sejamos libertos dos efeitos da queda. Para que sejamos salvos da ira vindoura e santa de Deus.
            O poder, do grego: dynamis, não é para ser usado contra os outros, mas, para dar suporte aqueles que são fracos, imaturos, inconstantes na fé. Quando Paulo escreve a carta a Igreja que se reunia em Roma, ele com extrema clareza e objetividade assevera, que não podemos viver na expectativa, de que sejamos exponencialmente agradados pelos outros. Mas na compreensão diametralmente oposta, o apóstolo afirma que não podemos agradar a nós mesmos. E sim, agradar ao próximo, contudo isso não significa dizer que devemos massagear o ego das pessoas. O que temos que fazer é edifica-las nos rudimentos da fé em Jesus Cristo; É proclamar a Verdade que liberta; É pregar o Evangelho de Jesus e fazer discípulos em Cristo; É contribuirmos para o crescimento do Reino de Deus sobre a terra.
            Agora me permita lhe perguntar: Você é forte ou fraco? Você vive para ser "ajudado" (bajulado) pelos outros, ou para ajudar os outros? O que você tem feito, para que a Igreja de Cristo continue crescendo para a glória de Deus? Irmãos, não percamos mais tempo. Que Deus seja gracioso conosco. Despertando-nos do comodismo, da vergonha, da timidez e da preguiça em anunciar Seu Evangelho. E nos faça fortes em Cristo, nos capacitando, a fim de, que revelemos Sua maravilhosa graça, àqueles que Ele deseja salvar. Soli Dei gloria. Amém.
Rev. Eugênio Honfi.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

O MELHOR LUGAR, É ONDE DEUS ESTÁ!





“Agora, pois, se achei graça aos teus olhos, rogo-te que me faças saber neste momento o teu caminho, para que eu te conheça e ache graça aos teus olhos; e considera que esta nação é teu povo. Respondeu-lhe: A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso” Êxodo 33.13-14.

            O texto acima é de parte de um dos muitos diálogos, ocorridos entre Deus e homens, registrados na Bíblia Sagrada. É importante lembrar que estavam em peregrinação, pela sequidão do deserto arábico, uma região árida, tórrida, escaldante e sem vida. O deserto não é um lugar agradável para se morar, talvez para se visitar... e isso com muito esforço. Contudo, o que mais deve chamar a atenção não são os lugares, pelos quais passamos, mas o que aconteceu, ou está acontecendo, ou acontecerá em determinado lugar é que lhe atribuirá um significado todo especial.
            Moisés poderia ser pedido ao Senhor, que transformasse o deserto em uma imensa região, densamente arborizada, com abundantes mananciais e de clima ameno e agradável. Poderia pelo menos ter rogado ao Criador, que mudasse o itinerário de sua caminhada, pensemos..., talvez..., pela orla. Com uma visão agradável das praias, podendo saciar a sede com água de coco, ter uma alimentação mais saudável à base de peixes e frutas. Ou que sabe..., pelos campos do interior, sentindo o agradável aroma das flores, bebendo leite, colhendo trigo, enfim tendo sempre uma farta mesa a sua disposição. Todavia Moisés suplica que Deus não se afaste dele e do povo de Israel.
            Por que o pedido de Moisés pontualmente, em sua extrema objetividade? Tal qual uma flecha, que ao ser lançada de seu ponto de partida, corta o céu durante seu voou, até que alcance seu destino final, que é o alvo. Você, alguma vez, já parou para pensar, por que ele não pediu: poder, fama, riqueza, saúde, a morte de seus desafetos e oponentes, ou ainda facilidades? Mas pede “apenas” a presença divina?
            Lugares são apenas lugares, não mais que isso. Todavia quando há acontecimentos marcantes nesses espaços. Esses fatos transferem um outro, e, novo significado, a esses ambientes. Assim: Éden, Ararate, Babel, Betel, Moriá, Val do Jaboque, seriam apenas localidades, porém ali, em cada um deles, Deus em sua infinita graça, bondade e misericórdia. Resolveu tornar visível a gloriosa perfeição de seu próprio ser. Transferindo importância a lugares comuns, tornando-os lugares extraordinários, pela manifestação de sou incomparável poder. A cada intervenção que o Senhor realizou na História, beneficiou seu povo.
            Nesses dias em que o mundo celebra a festa da carne e ao deus desse século, nós nos encontramos reunidos em o nome do Senhor, esperançosos que Deus derrame sua graça e gloria nesse lugar comum, transformando-o não só em um lugar especial, mas sobretudo transformando as nossas vidas e nos fazendo entender: Não importa a estrutura, ou o conforto, ou a beleza do lugar, se Deus não estiver presente. Pois, o melhor lugar é onde Deus está.
            Seja Deus gracioso conosco. E que o Todo Poderoso se digne, a habitar conosco, nos revelando assim, as perfeições de Seu ser. A Deus, toda, honra, glória e louvor, pelos séculos dos séculos. Amém.

Rev. Eugênio Honfi.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

AJUNTAMENTO SOLENE



“Santificai um jejum, convocai uma assembleia solene, congregai os anciãos, e todos os moradores da terra, na casa do Senhor vosso Deus, e clamai ao Senhor” (Joel 1.14).

Na História do povo de Deus encontramos na Bíblia diversas vezes o povo reunido em ajuntamento solene (Êx 12.06; Js 24.01; Ne 08.18; Is 01.13; Jl 02.15). Essa convocação é feita por variados líderes, tais como: Moisés, Josué, Davi, Salomão, Neemias, Isaías, Joel, entre outros.
A razão desse ajuntamento se dá pela multiplicidade de motivos, ora para suplicar perdão a Deus, diante das faltas; ora para preparação de um eminente combate contra o inimigo; ora para oferecer gratidão e louvor ao Senhor; ora para agradecer ao Criador.
Nosso solene ajuntamento nos dias de hoje, não se dá ao som das trombetas, mas através do uso dos meios de comunicação, contudo não é menos importante, do que aqueles que ocorreram no passado. Estamos reunidos para:
1.      Cultuarmos ao Senhor, oferecendo a Ele, tributo de louvor à honra da glória divina, por seus poderosos feitos sobre a terra;
2.      Suplicarmos seu perdão diante das nossas faltas e falhas. A Bíblia chama a essas de pecado. E diz mais, que os nossos pecados nos separam de Deus;
3.    Agradecermos a Deus por sua graça e misericórdia, pois Ele não nos dá o que merecemos, a isso chamamos de misericórdia, mas nos dá aquilo que não merecemos, chamamos isso de graça.
Enfim, o nosso ajuntamento é uma atividade comum ao povo de Deus, ao serviço d’Aquele que é extraordinário. Pois a Bíblia diz:Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Rm 11.36).
Que Deus seja glorificado através da comunhão dos santos, do serviço divino, dos louvores, da exposição da sua Palavra.
Irmãos, celebremos o santo e solene ajuntamento em Nome do Senhor, por cada uma das graciosas bênçãos, que o Deus tem derramado sobre nós, nossas famílias, nossa comunidade e nossa cidade.
A Deus, e somente a Ele honra, glória e louvor.

Rev. Eugênio Honfi Neto

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

A IMPOSIÇÃO DAS DITADURAS



“... pois Deus vos tem chamado à paz”.
(1 Coríntios 7.15)



            O golpe de Estado que arrebatou o poder e execrou a democracia em nosso país durante o período de 1964 à 1985, ficou conhecido como ditadura militar. A página da nossa história referente a esse ocorrido, já foi virada. Contudo, a ditadura permanece presente em nossos dias, sob nuances e aspectos diversificados.
            Ainda que o contexto da passagem acima esteja relacionado às questões pontuais sobre casamento, divórcio e novo casamento, a mesma aborda a realidade da conversão de uma das partes, ulterior ao casamento, estabelecendo assim, um novo paradigma. Ainda assim, podemos extrair princípios cristãos, para nortearem não só a nossa conduta, bem como a nossa vida.
            Vejamos algumas dessas manifestações ditatoriais, ainda que superficialmente: A ditadura da beleza, onde as pessoas tem que ser magérrimas, quase esqueléticas, e aquelas que não o são, sofrem, por não estarem dentro do padrão preestabelecido. A ditadura da filosofia moderna, em que todos são escravos de suas vontades ilimitadas, denominadas de “verdades”, cada um tem a sua, ainda que sejam auto excludentes e que acarretam inúmeras frustrações, pois absolutamente ninguém, faz sempre o que quer, mas sempre aquilo que se pode, dentro das conveniências pessoais. Por fim, a ditadura eclesiástica em duas vertentes: a) Primeiro, aquela em que a liderança dirige a comunidade asfixiando, sufocando, tolhendo o rebanho; aqui não se pode ponderar ou debater ideias, pois tudo é pecado. b) Segundo, aquela em que a liderança se torna refém do rebanho, deixando de anunciar todo o desígnio de Deus, para não ofender o ego dos pecadores, aqui tudo é permitido, e, nada é proibido, reina e impera a falsidade, pois a Verdade não pode conviver com a mentira.
            A Escritura Sagrada afirma: “Que Deus vos tem chamado à paz”. O conceito de paz é negativo, pois não se trata de ter, mas de não ter. Paz é ausência de conflitos. Esses conflitos são pessoais, familiares, emocionais, sociais, trabalhistas, educacionais, existenciais, entre outros, todavia, são sempre e primariamente espirituais, que por sua vez originam os demais. Lembre-se Deus vos tem chamado à paz. A paz não pode ser encontrada em bebidas, em orgias, em drogas, em mentiras, em prazeres, em trabalho, em comodidades, mas única e exclusivamente em Deus. A Bíblia assevera, que Deus vos tem chamado à paz. É imprescindível entender que Deus nos chama a ter comunhão com Ele, pois Ele é o Deus de paz. É nele que o nosso coração e a nossa alma são acalentados, apaziguados, satisfeitos, enfim, é somente de Deus que precisamos. Deus é do tamanho do vazio existencial do homem, logo só Deus pode preencher cada um de nós e todos nós ao mesmo tempo. O que Deus espera de nós é, empenho, fidelidade e amor na resposta ao seu convite gracioso: Filho(a) dá-me teu coração.
            Finalizo lembrando a todos, que certa vez, houve grande tempestade e o barco que trazia Jesus e os discípulos foi assolado pelas altas ondas e pelo poder dos ventos e os discípulos ficaram atemorizados, porém tomaram a atitude correta foram até Jesus. (Mateus 8.23-27). O barquinho de nossa frágil vida é assolado a todo tempo pelas intempéries da vida, que assolam a nossa fé e roubam a nossa paz. Coloquemos diante de Jesus as nossas dificuldades e sosseguemos nossa alma e coração n'
Ele. Jesus repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança. Jesus está conosco, Ele guia o barquinho da nossa vida. Lembre-se Deus vos tem chamado à paz.

Rev. Eugênio Honfi