segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

A IMPOSIÇÃO DAS DITADURAS



“... pois Deus vos tem chamado à paz”.
(1 Coríntios 7.15)



            O golpe de Estado que arrebatou o poder e execrou a democracia em nosso país durante o período de 1964 à 1985, ficou conhecido como ditadura militar. A página da nossa história referente a esse ocorrido, já foi virada. Contudo, a ditadura permanece presente em nossos dias, sob nuances e aspectos diversificados.
            Ainda que o contexto da passagem acima esteja relacionado às questões pontuais sobre casamento, divórcio e novo casamento, a mesma aborda a realidade da conversão de uma das partes, ulterior ao casamento, estabelecendo assim, um novo paradigma. Ainda assim, podemos extrair princípios cristãos, para nortearem não só a nossa conduta, bem como a nossa vida.
            Vejamos algumas dessas manifestações ditatoriais, ainda que superficialmente: A ditadura da beleza, onde as pessoas tem que ser magérrimas, quase esqueléticas, e aquelas que não o são, sofrem, por não estarem dentro do padrão preestabelecido. A ditadura da filosofia moderna, em que todos são escravos de suas vontades ilimitadas, denominadas de “verdades”, cada um tem a sua, ainda que sejam auto excludentes e que acarretam inúmeras frustrações, pois absolutamente ninguém, faz sempre o que quer, mas sempre aquilo que se pode, dentro das conveniências pessoais. Por fim, a ditadura eclesiástica em duas vertentes: a) Primeiro, aquela em que a liderança dirige a comunidade asfixiando, sufocando, tolhendo o rebanho; aqui não se pode ponderar ou debater ideias, pois tudo é pecado. b) Segundo, aquela em que a liderança se torna refém do rebanho, deixando de anunciar todo o desígnio de Deus, para não ofender o ego dos pecadores, aqui tudo é permitido, e, nada é proibido, reina e impera a falsidade, pois a Verdade não pode conviver com a mentira.
            A Escritura Sagrada afirma: “Que Deus vos tem chamado à paz”. O conceito de paz é negativo, pois não se trata de ter, mas de não ter. Paz é ausência de conflitos. Esses conflitos são pessoais, familiares, emocionais, sociais, trabalhistas, educacionais, existenciais, entre outros, todavia, são sempre e primariamente espirituais, que por sua vez originam os demais. Lembre-se Deus vos tem chamado à paz. A paz não pode ser encontrada em bebidas, em orgias, em drogas, em mentiras, em prazeres, em trabalho, em comodidades, mas única e exclusivamente em Deus. A Bíblia assevera, que Deus vos tem chamado à paz. É imprescindível entender que Deus nos chama a ter comunhão com Ele, pois Ele é o Deus de paz. É nele que o nosso coração e a nossa alma são acalentados, apaziguados, satisfeitos, enfim, é somente de Deus que precisamos. Deus é do tamanho do vazio existencial do homem, logo só Deus pode preencher cada um de nós e todos nós ao mesmo tempo. O que Deus espera de nós é, empenho, fidelidade e amor na resposta ao seu convite gracioso: Filho(a) dá-me teu coração.
            Finalizo lembrando a todos, que certa vez, houve grande tempestade e o barco que trazia Jesus e os discípulos foi assolado pelas altas ondas e pelo poder dos ventos e os discípulos ficaram atemorizados, porém tomaram a atitude correta foram até Jesus. (Mateus 8.23-27). O barquinho de nossa frágil vida é assolado a todo tempo pelas intempéries da vida, que assolam a nossa fé e roubam a nossa paz. Coloquemos diante de Jesus as nossas dificuldades e sosseguemos nossa alma e coração n'
Ele. Jesus repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança. Jesus está conosco, Ele guia o barquinho da nossa vida. Lembre-se Deus vos tem chamado à paz.

Rev. Eugênio Honfi

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