quinta-feira, 14 de abril de 2016

ALÉM DA FELICIDADE!!!





“Bem-aventurados... Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.” Mateus 5.3a, 7.28-29.

            Você já parou para observar que todo ser humano tem sua trajetória de vida voltada ao esforço desenfreado de encontrar a felicidade! Quando digo todo, me refiro a totalidade do gênero humano, inclusive você e eu! Portanto, todos nós estamos vivendo em busca da felicidade. Vejamos:
            Todos nós temos: anseios, sonhos, desejos, vontades, entre outros, que agem como motivações, impulsionando nossas ponderações, escolhas e atitudes. Assim, quando tomamos qualquer decisão é porque anteriormente nos cercamos de balizadores que atestam empiricamente, qual haveria de ser, o melhor trajeto a seguir rumo à felicidade. Matrimônio, filhos, graduações acadêmicas, aquisição de bens móveis e imóveis, viagens entre tantas outras se constituem em sinônimos, para aquilo que convencionamos denominar de felicidade.
            Entretanto a Escritura nos alerta, que a causa de nossa infelicidade somos nós mesmos, pois procuramos a felicidade, arraigados em nosso próprio egoísmo, A Bíblia afirma: “Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17). O homem natural não busca o Reino de Deus, antes se faz de centro, de referencial, onde todas as coisas devem girar em torno de si. O que importa é a sua vontade e são os seus gostos. É uma busca continuamente insaciável, pois absolutamente nada trará completude ao homem, a não ser a presença do Criador em sua vida.
            É arriscado desviar o foco. Porque não são as bênçãos de Deus, mas o próprio Deus, Aquele que preenche o interior e traz satisfação, alegria, paz e felicidade ao coração humano. É o que Ele é e não o Ele faz. Nesse caso, para encontrar a felicidade, devemos nos esmerar por encontrar o Reino de Deus. Entretanto, precisamos relembrar, que Jesus Cristo em sua encarnação não só nos anunciou, ensinou e conduziu, mas revelou que o Reino de Deus, foi instaurado por Ele: “Assim como meu Pai me confiou um reino, eu vo-lo confio” (Lucas 22.29).
            Esse reino, que o Messias nos confiou, não se localiza distante, ou além de nós, e sim entre nós, ao alcance de todos, mediante a comunhão com Ele, uma vez que a verdadeira felicidade é fruto do relacionamento autêntico, vívido e eficaz com Deus. O evangelista Lucas registra a asseveração de Jesus, quanto a essa compreensão: “Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está dentro de vós” (Lucas 17.20-21).
            Logo, para obter a felicidade além de nossas expectativas. Devemos com toda simplicidade e inteireza de coração buscarmos a Deus e o seu reino, na certeza que tudo aquilo, que nos é necessário será acrescentado, pelo SENHOR (Mateus 6.33). Ainda, que sem Ele, nada poderemos realizar (João 15.5), e, por fim, que é Ele a fonte da nossa alegria (Salmo 43.4).
            “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lucas 2.14).
Rev. Eugênio Honfi.


terça-feira, 12 de abril de 2016

SEGUINDO O MESTRE





“No dia imediato, resolveu Jesus partir para a Galileia e encontrou a Filipe, a quem disse: Segue-me.” João 1.43.

            O chamado de Jesus a Filipe, Pedro, João, Tiago, Paulo e tantos outros discípulos, assim como a cada um de nós, implica em uma série de desdobramentos e reflexões. O chamado de Jesus para nós está envolto, em inúmeros benefícios e responsabilidades, isto é, em receber e também em ofertar. O convite para segui-Lo provoca direitos e deveres.
            Inicialmente quando observamos o convite feito por Cristo podemos verificar que é direcionado a todas as pessoas sem distinção. “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28). Todavia, nem todas as pessoas estão dispostas a receber com alegria ao apelo do Mestre ou a prontamente atende-Lo, colocando de lado seus próprios interesses para obedecer-Lhe. Pois condescender ao chamamento é um ato livre da vontade. Que devido os nossos delitos e pecados somos aprisionados e impedidos de responder positivamente ao gracioso, bondoso e amoroso apelo do Deus Eterno.
            Aqueles que confirmam afirmativamente a Cristo, não podem, nem devem se vangloriar, pois não é fruto de sua própria sabedoria, desejo ou vontade, pois estão mortos, e os mortos não executam absolutamente nada. Assim, para desejar aquilo que é bom, verdadeiro e espiritual, só ocorre quando primeiramente são vivificados. É necessário primeiro voltar à vida, pois só os vivos agem, se movem, estão em atividade. Destarte há uma intervenção divina, trazendo de volta vida. É como assevera a Escritura: O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz subir” (1Sm 2.6); “O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo Poderoso me dá vida (Jó 33.4); “Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos (Mt 22.32b).
            Logo, quando aceitamos ao convite de Cristo é porque, na verdade, Ele nos aceitou primeiro “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros...” (Jo 15.16ª); “Nós amamos porque ele nos amor primeiro (1Jo 4.19). A nossa escolha é o reflexo da escolha divina a nosso respeito. Por isso devemos aquietar nosso coração, pacificar nossa alma, pois a boa obra que o SENHOR iniciou em nós, Ele vai completa-la até o seu final.
            Portanto, o SENHOR que nos chama, também é responsável por nos vivificar, para que possamos respondê-lo afirmativamente. Assim como foi com Natanael, também acontece conosco. “Então, exclamou Natanael: Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!” (Jo 1.49). Que cada um de nós, diante do convite de Jesus, respondamos: “Senhor, eis-me aqui!” (Is 6.8).
            Que Deus a cada momento nos vivifique e nos restaure n’Ele e para Ele. Ao Senhor glória, louvor e exaltação.
Rev. Eugênio Honfi.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

COISAS VELHAS! OU TUDO NOVO!!!





“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” 2 Coríntios 5.17

            Até parece ser um sonho. Trocar as coisas velhas, por novas! “Sério, isso existe!!!” Pensam alguns. Outros, já diriam: “O que estamos esperando, vamos logo!” E ainda aqueles abarrotados de pessimismo, se é verdade, não deve ser bom! Porque se fosse bom não seria dado. Seria vendido e vendido caro.
            O apóstolo Paulo está discorrendo sobre a nossa união espiritual com Cristo. Na qual, fomos escolhidos por Deus, justificados pelo sacrifício de Jesus e santificados pelo Espírito Santo, e que sua conclusão só se dará, na consumação dos séculos, quando seremos glorificados. Através da obra de regeneração operada por Deus e aplicada em nos pelo seu Santo Espírito.
            A ideia de que em Cristo, somos novas criaturas. Paulo está enfatizando a compreensão da nossa união com Cristo, bem como de seus efeitos. Pois, uma vez que Cristo é o último Adão, ou seja, o parâmetro de aferimento para a nova e memorável união do crente com o salvador. Porque é através de Jesus que a humanidade é recriada. É n’Ele que fomos reconduzidos e realinhados a Deus.
            Dentre as bênçãos oriundas da implantação do reino messiânico, temos a união mística com o messias/redentor. Em que Ele se relaciona conosco de igual para igual, como nos conhece, por padecer nossas lutas e conflitos tal qual passamos, bem como, pela assistência que nos oferece em Si mesmo, e por fim, na nossa capacitação, por meio do seu Ser em nós e através de nós, para que realizemos sua vontade.
            Quando do rompimento e abandono das antigas práticas, dos velhos desejos, das querelas anteriores, enfim demonstramos nossa libertação da velha vida. E consequentemente nos voltamos para receber de Deus o novo. Nova vida, novos sonhos, novas realizações, nova comunhão, novos desafios, novas disposições, novos anseios, nova família, novo nome, nova morada, nova natureza.
            Realmente parece um sonho, todavia é a mais pura e consistente verdade. Em Cristo, tudo que estava em desordem, que foi maculado pelos efeitos do pecado, foi restaurado, ou seja, tornado novo. A novidade que não envelhece, não murcha, não se acaba: Que em Cristo tudo foi feito novo.
            Ao Deus Triúno a honra, a glória e o louvor, hoje e sempre, amém.

Rev. Eugênio Honfi Neto

segunda-feira, 4 de abril de 2016

SINCERO, PORÉM ERRADO?





“para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo” Fl 2.15

            Recentemente em uma loja de departamentos, de certo shopping, em uma grande cidade, conversavam duas funcionárias. Era um diálogo, em que uma amiga aconselhava e motivava a outra, para fazer uma tatuagem em seu corpo. A amiga afirmava com toda sinceridade de sua alma, dizendo que: “Deus não liga para o corpo, pois a matéria será entregue a decomposição, Deus quer a nossa alma”.
            No dia seguinte estava passeando com minha cadela, pelas ruas próximas de casa. Vi um homem bem trajado, que saia para sua jornada de trabalho, uma mochila em suas costas, em uma de suas mãos carregava um saco de lixo, se aproximou do tambor e arremessou o saco, que caprichosamente passou por cima do lixeiro, vindo a cair por trás do mesmo. E o homem simplesmente seguiu seu caminho.
            Talvez você esteja se perguntando: E o que eu tenho haver com essas coisas? A resposta é tudo. Se você não consegue enxergar isso, lembre-se da pergunta inicial: Sincero, porém errado? Sim! Isso mesmo!!! Quantas pessoas não emitem juízo equivocado sobre Deus, Seus desígnios, Sua vontade, Sua condução para nossa vida e para o mundo?????
            Muitas pessoas têm apenas uma ideia sobre Deus, entretanto essa ideia, não está alicerçada na revelação escrita, mas na crendice, no achismo, no próprio reflexo daquilo que queremos. Quando isso acontece, Deus é destituído de Seu santo caráter divino e em seu lugar estabelecemos uma deformada e desdenhada caricatura de seu Ser. Quando a jovem afirmou que Deus não está preocupado com o corpo, com a matéria que é má. Ela trouxe a baila uma antiga heresia, denominada gnosticismo, enfrentada pelos apóstolos, em termos rudimentares, já no 1º século d.C., e, nos 2º e 3ºséculos da era cristã, sistematizada e disseminada pelos falsos mestres dentro da Igreja, onde Deus preservou seu rebanho, pela ação e ensino dos Pais da Igreja.
            O gnosticismo, do termo grego, gnosis: conhecimento. Estava baseada na falsa ideia de um conhecimento secreto, que só os iluminados poderiam alcançar. O gnosticismo possui algumas variantes as mais conhecidas são o ascetismo e o libertino, ou seja, enquanto um grupo era altamente exigente a rituais e multilação do corpo, o outro se dispunha exatamente da direção oposta, uma vez que, se entregavam a bacanais e semelhantes, pois a ideia era o corpo é a cadeia da alma, o corpo não presta, nem serve para nada o corpo vai acabar, mas a alma retornará para Deus. Veja que a ideia é a mesma da jovem.
            E o rapaz que errou ao jogar o lixo no tonel. Será que também tem haver conosco? Sim. Pois quantas pessoas até tentam se aproximar de Deus, são sinceras, contudo não fazem o certo, e seguem na caminhada da vida, achando que já realizaram um grande esforço. E Deus tem o dever de favorecê-los. É necessário que lembremo-nos, quem não está certo, vai consequentemente estar errado. Não há meio termo. Quem não está afinado, ajustado, adequado a Deus, vai estar contrário a Ele. Não há meio termo, não há media, não há ponderações.
            Jesus afirmou, quem comigo não ajunta, espalha. Ajuntar significa: se submeter a vontade pessoal a divina; é sujeitar-se aos desígnios do Criador; é repousar na Sua santa providencia; é contentar-se com alegria, a pesar das aflições, em Deus; é confiar na Sua condução para o mundo e para as nossas vidas. Enfim, e estar em uma sintonia fina, com o Eterno Deus. É preparar-se para a volta de Seu Filho, Jesus Cristo.
            É aqui que mora o perigo, pois muitos podem até ser sinceros, e ainda assim, estarem completamente errados. A colega de trabalho que tinha uma ideia errada de Deus, a pesar de sua sinceridade, para com a sua amiga. O rapaz que se esforçou para jogar o lixo fora, contudo errou, não acertou o alvo, não fez o que era certo. Logo, o que fez não valeu de nada.
Seja Jesus não uma ideia, ou caricatura da divindade, antes seja o que de fato é: Deus, a Segunda pessoa a Santíssima Trindade, o Emanoel, Deus conosco. Que o nosso alvo seja Cristo, e pela sua maravilhosa graça Ele nos conduza a si próprio, para que não erremos o alvo. Descansemos n’Ele e em Sua obra completa e assim poderemos seguir em paz pelo caminho, porque Ele é o nosso caminho, caminho que nos conduz a presença de Deus Pai. Lembre-se: Não basta ser sincero, temos que ser corretos.
            Seja tributada ao Senhor, honra, glória e louvor pelos séculos dos séculos.
Rev. Eugênio Honfi.