“Bem-aventurados...
Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões
maravilhadas da sua doutrina; porque ele as ensinava como quem tem autoridade e
não como os escribas.” Mateus 5.3a, 7.28-29.
Você já parou para observar que todo ser humano tem sua
trajetória de vida voltada ao esforço desenfreado de encontrar a felicidade!
Quando digo todo, me refiro a totalidade do gênero humano, inclusive você e eu!
Portanto, todos nós estamos vivendo em busca da felicidade. Vejamos:
Todos nós temos: anseios, sonhos, desejos, vontades,
entre outros, que agem como motivações, impulsionando nossas ponderações,
escolhas e atitudes. Assim, quando tomamos qualquer decisão é porque
anteriormente nos cercamos de balizadores que atestam empiricamente, qual
haveria de ser, o melhor trajeto a seguir rumo à felicidade. Matrimônio, filhos,
graduações acadêmicas, aquisição de bens móveis e imóveis, viagens entre tantas
outras se constituem em sinônimos, para aquilo que convencionamos denominar de felicidade.
Entretanto a Escritura nos alerta, que a causa de nossa
infelicidade somos nós mesmos, pois procuramos a felicidade, arraigados em
nosso próprio egoísmo, A Bíblia afirma: “Porque
o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz e alegria no
Espírito Santo” (Rm 14.17). O homem natural não busca o Reino de Deus,
antes se faz de centro, de referencial, onde todas as coisas devem girar em
torno de si. O que importa é a sua vontade e são os seus gostos. É uma busca
continuamente insaciável, pois absolutamente nada trará completude ao homem, a
não ser a presença do Criador em sua vida.
É arriscado desviar o foco. Porque não são as bênçãos de
Deus, mas o próprio Deus, Aquele que preenche o interior e traz satisfação,
alegria, paz e felicidade ao coração humano. É o que Ele é e não o Ele faz. Nesse
caso, para encontrar a felicidade, devemos nos esmerar por encontrar o Reino de
Deus. Entretanto, precisamos relembrar, que Jesus Cristo em sua encarnação não
só nos anunciou, ensinou e conduziu, mas revelou que o Reino de Deus, foi
instaurado por Ele: “Assim como meu Pai
me confiou um reino, eu vo-lo confio” (Lucas 22.29).
Esse reino, que o Messias nos confiou, não se localiza
distante, ou além de nós, e sim entre nós, ao alcance de todos, mediante a
comunhão com Ele, uma vez que a verdadeira felicidade é fruto do relacionamento
autêntico, vívido e eficaz com Deus. O evangelista Lucas registra a asseveração
de Jesus, quanto a essa compreensão: “Interrogado
pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não
vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está!
Porque o reino de Deus está dentro de vós” (Lucas 17.20-21).
Logo, para obter a felicidade além de nossas
expectativas. Devemos com toda simplicidade e inteireza de coração buscarmos a
Deus e o seu reino, na certeza que tudo aquilo, que nos é necessário será
acrescentado, pelo SENHOR (Mateus 6.33). Ainda, que sem Ele, nada poderemos
realizar (João 15.5), e, por fim, que é Ele a fonte da nossa alegria (Salmo
43.4).
“Glória a Deus nas
maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem”
(Lucas 2.14).
Rev. Eugênio
Honfi.