“Por
que gastais o dinheiro naquilo que não e pão, e o vosso suor, naquilo que não
satisfaz? ... Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma
viverá...” Is 55.02-03
A vida pode ser comparada a uma eterna busca. Toda a
humanidade coletivamente, assim como cada pessoa individualmente, está
empenhado, engajado, envolvido na peregrinação de encontrar algo, quer seja
pessoa, quer seja coisa, que lhe forneça um sentido a vida, uma causa por que
lutar, uma razão a sua existência, ou seja, a motivação que encha a alma de
satisfação. E consequentemente surge a pergunta: Onde encontrar a verdadeira satisfação?
Existem aqueles que conjecturam que a satisfação pode ser
alcançada através do vil metal. São aqueles que muito mais do que pensar,
defendem que o dinheiro é sim, responsável por trazer felicidade. Que a
felicidade está alicerçada na aquisição de objetos, no conforto da comodidade,
na beleza dos adornos, no aparelhamento dos artefatos, no incremento
tecnológico. Ou na obtenção da amizade, do amor, da lealdade, enfim, no poder
do dinheiro, que compra as pessoas, pois “cada um tem o seu preço”, pensam.
Contudo, mais adiante descobrem, não só, que estavam enganadas, como permanecem
largamente vazias.
Por outro lado, também há aqueles que presumem que a
satisfação está atrelada ao trabalho. “Querer, poder e conseguir” e é por meio
dessa, já não, tão moderna tríade, que suas vidas são norteadas. Baseados no antigo
brocardo romano: “vim, vi e venci”,
em língua portuguesa: “vim, vi e venci”.
Demonstram que sua confiança está na coragem de seus próprios braços, no
entusiasmo de suas próprias forças, na capacidade de suas ideias, na esperteza
de suas astúcias. São esses que confiados tão somente em si próprios, se
empantufam de seus egos, se abarrotam de si mesmos. Que tem seus olhos voltados
apenas para suas vontades.
Percebe-se que tanto um grupo, quanto o outro, agem como
crianças mimadas, arrogantes, presunçosas, plenas de vaidade e malícia. Pois
aquilo que possuem ou o são não satisfaz. E mais uma vez ecoa a indagação
inicial: Onde encontrar a verdadeira satisfação? Onde encontrar: paz, amor,
consolo, conforto, fortalecimento... plena satisfação? Certamente a
problemática não é necessariamente o não procurar, até porque essa tem sido
constante, persistente e incansável, todavia a mesma tem ocorrido nos lugares,
coisas, pessoas erradas. O que resulta em uma terrível, mórbida e agonizante
frustração infernal.
Não devemos ficar atônitos, pois no registo do profeta
Isaías, ao que Deus nos diz em Sua Palavra: “Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá.” Devemos
prestar a devida a atenção ao que o Deus Eterno fala, todavia muito mais que
simplesmente ouvir, deve-se ponderar, refletir, meditar, isto é, precisamos
constantemente reavaliar nossa alma, sonhos, anseios, desejos, procedimentos,
necessidades, realizações e vida, segundo a revelação normativa de Deus, que é
a Sua Santa e Bendita Palavra.
Porquanto é na Bíblia, que Deus se revela como o Eterno,
Bom, Santo, Justo e Misericordioso; Criador e Mantenedor de tudo quanto existe.
Se não, vejamos:
“Buscar-me-eis e me achareis quando
me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29.13);
“Tomai sobre vós o meu jugo e
aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso
para a vossa alma” (Mt 11.29);
“O SENHOR
sustém os que vacilam e apruma todos os prostrados. Em ti esperam os olhos de
todos, e tu, a seu tempo, lhes dás o alimento. Abres a mão e satisfazes de
benevolência a todo vivente.”
(145.14-16)
Seja O Senhor, Aquele que nos conceda a verdadeira e
plena satisfação. Honra, Glória e Louvor a Deus.
Rev. Eugênio
Honfi.
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