“No
dia imediato, resolveu Jesus partir para a Galileia e encontrou a Filipe, a
quem disse: Segue-me.” João 1.43.
O chamado de Jesus a Filipe, Pedro, João, Tiago, Paulo e
tantos outros discípulos, assim como a cada um de nós, implica em uma série de
desdobramentos e reflexões. O chamado de Jesus para nós está envolto, em
inúmeros benefícios e responsabilidades, isto é, em receber e também em
ofertar. O convite para segui-Lo provoca direitos e deveres.
Inicialmente quando observamos o convite feito por Cristo
podemos verificar que é direcionado a todas as pessoas sem distinção. “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei”
(Mt 11.28). Todavia, nem todas as pessoas estão dispostas a receber com alegria
ao apelo do Mestre ou a prontamente atende-Lo, colocando de lado seus próprios
interesses para obedecer-Lhe. Pois condescender ao chamamento é um ato livre da
vontade. Que devido os nossos delitos e pecados somos aprisionados e impedidos
de responder positivamente ao gracioso, bondoso e amoroso apelo do Deus Eterno.
Aqueles que confirmam afirmativamente a Cristo, não
podem, nem devem se vangloriar, pois não é fruto de sua própria sabedoria,
desejo ou vontade, pois estão mortos, e os mortos não executam absolutamente
nada. Assim, para desejar aquilo que é bom, verdadeiro e espiritual, só ocorre quando
primeiramente são vivificados. É necessário primeiro voltar à vida, pois só os
vivos agem, se movem, estão em atividade. Destarte há uma intervenção divina,
trazendo de volta vida. É como assevera a Escritura: “O Senhor é o que tira a vida e
a dá; faz descer à sepultura e faz subir” (1Sm 2.6); “O Espírito de Deus me fez, e o sopro do Todo Poderoso me dá vida”
(Jó 33.4); “Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos” (Mt 22.32b).
Logo, quando aceitamos ao convite de Cristo é porque, na
verdade, Ele nos aceitou primeiro “Não
fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros...” (Jo 15.16ª); “Nós amamos porque ele nos amor primeiro” (1Jo 4.19). A nossa escolha é o reflexo
da escolha divina a nosso respeito. Por isso devemos aquietar nosso coração,
pacificar nossa alma, pois a boa obra que o SENHOR iniciou em nós, Ele vai
completa-la até o seu final.
Portanto, o SENHOR que nos chama, também é responsável
por nos vivificar, para que possamos respondê-lo afirmativamente. Assim como
foi com Natanael, também acontece conosco. “Então, exclamou Natanael: Mestre,
tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel!” (Jo 1.49). Que cada um de nós,
diante do convite de Jesus, respondamos: “Senhor, eis-me aqui!” (Is 6.8).
Que Deus a cada momento nos vivifique e nos restaure
n’Ele e para Ele. Ao Senhor glória, louvor e exaltação.
Rev. Eugênio
Honfi.
Obrigado pela reflexão, Rev. Eugênio. Seguir a Jesus ao mesmo tempo que é uma grande dádiva é também é um grande desafio.
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