“Que
porção, pois, teria eu do Deus lá de cima e que herança, do Todo-Poderoso desde
as alturas? Acaso, não é a perdição para o iníquo, e o infortúnio, para os que
praticam a maldade? Ou não vê Deus os meus caminhos e não conta todos os meus passos?”
Jó 31.2-4.
Os filósofos afirmam que o homem é um ser que está a
caminho. Ainda que não se preocupem em estabelecer qual seja a direção, nem
qual seja o destino final dessa caminhada. Simplesmente, que a caminhada
reserva descobertas, sobre quem é, e sobre o que está ao seu derredor.
Identifica-se que por meio da filosofia, o homem tem realizado
inúmeras perguntas, todavia sem sucesso ao responder seus próprios
questionamentos, uma vez que, estes desdobram-se em outras indagações, cujas
respostas se perdem no vazio existencial e nas incertezas da inconstância
humana, ou seja, a filosofia enquanto ciência, não satisfaz aos anseios da
humanidade, porém dificulta ainda mais o entendimento sobre o que? Ou quem é o
homem?
A Sagrada Escritura assevera, que o homem foi criado por
Deus, a sua imagem e semelhança (Gn 1.26,27). E que Deus em seu santo,
perfeito, eterno e imutável propósito em criar o homem foi o de comunicar as
perfeições de Seu ser as suas criaturas. Assim identificamos que é o homem, que
precisa de Deus; e não Deus, que precisa do homem. Portanto é em Deus, que
todos nós vamos encontrar as respostas que angustiam nossas almas, que causam
aflição aos ansiosos de coração, que deprimem aos inconstantes.
O homem é um ser a caminho. Esse caminho que deve trilhar
é o caminho que conduz a presença de Deus. Jesus afirmou ser o único caminho
que conduz a presença do Pai (Jo 14.6). O autor da carta aos Hebreus reforça
essa compreensão quando nos convida a entrar na presença de Deus através de
Jesus: Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo
sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto
é pela sua carne,... tendo o coração purificado de má consciência e lavado o
corpo com agua pura (Hb 10.19-22). Jesus é a única direção, caminho, rota e
destino a ser trilhado por aquele, que em seu coração deseja caminhar para os
braços de Deus.
Não conseguiremos se caminharmos sozinhos, ou na companhia
de nosso orgulho, vaidade, prepotência, arrogância, inveja, dureza de coração e
outros. Necessitamos urgentemente do auxílio do Senhor, para vencermos os
reveses da caminhada, as súbitas e inesperadas mudanças, a extensão do
percurso, as desilusões da peregrinação, enfim, carecemos da graça divina, que
nos fortalece a mente, anima a alma e restaura o coração.
Supliquemos a Deus, tal qual Davi: “SENHOR, guia-me na
tua justiça, por causa dos meus adversários; endireita diante de mim o teu
caminho; Pois tu, SENHOR, abençoas o justo e, como escudo, o cercas da tua
benevolência.” (Salmo 5.8, 12). Glória à Deus. Amém.
Rev. Eugênio
Honfi.
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