domingo, 2 de dezembro de 2012

RESOLUÇÕES E RESULTADOS





“Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se ... No fim dos dez dias, a sua aparência era melhor; estavam eles mais robustos do que todos os jovens que comiam das finas iguarias do rei” (Dn 1.8,15).


            Vivemos em nossos dias sob uma forte pressão da sociedade, em aceitar tudo, sem que haja uma reflexão crítica sobre as coisas. Ora, vejamos se não é exatamente assim, nos dias de hoje: a luta de igualdade pelos menos favorecidos, a luta pela escolha sexual, a luta pelo respeito aos direitos, a luta pela absolutização da liberdade, bem como tantas outras modalidades de lutas, algumas são perfeitamente lícitas outras na verdade não passam de falácias, de conjunturas hedonistas e imorais que buscam insanamente fugir a realidade que TODOS foram criados a IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS, ainda que NEM TODOS se curvem ante essa VERDADE ABSOLUTA, ela não depende da aceitação humana, mas D’AQUELE QUE A AFIRMA.
            O jovem Daniel assim como seus amigos e compatriotas, Hananias, Misael e Azarias, judeus vítimas da ferocidade do poderoso Império Babilônico, que impôs inúmeros atos de selvageria, onde foram arrancados de suas casas, contemplaram a chacina de parentes e amigos, tiveram sonhos transformados em profundas frustrações, também não lhes foi respeitada a dignidade enquanto pessoas, mas tendo sido transformados em escravos, transportados foram para uma terra distante, para uma casa que não era a deles, a fim de que servissem a um rei desconhecido. Agora ao construir uma ponte, onde muitos são confrontados com a também dura e desesperançosa realidade vivenciada, conclui-se que não existem tantas diferenças, pois muitos vivem hoje, amargurados, pelos mesmos motivos, ou situações semelhantes as citadas acima, são pessoas que estão acorrentadas, desiludidas, desmotivadas, e até mesmo destruídas. Sem dignidade, sem sonhos, sem desejo de viver, em fim foram saqueadas no âmago, e revolvendo-se dentro de suas almas inquietas clamam por restauração, mudança e paz.
            Chama a atenção, que tendo todos os motivos alegados, por aqueles que vivem nos dias atuais, Daniel e seus patrícios efetivamente se mantiveram sobriamente sólidos em permanecer fieis a aliança, para com Deus. Apesar de tudo estar aparentemente envolto ao caos, toda dor causada, pela tremenda violência da guerra, todavia esses jovens conservaram a mesma postura. Independentemente de estarem distantes de casa, fora da presença de seus pais, não terem mais seus amigos. O que certamente é intrigante pensar: Como jovens que viveram em meio a um contexto de catástrofe, não se deixaram abalar ao ponto de renunciar sua fé e abandonar o Deus a quem serviam???!!! Pois aquilo que se observa hodiernamente é que por muito, muito pouco as pessoas negam a Deus e abandonam a Sua aliança.
            A convicção de que Deus é Deus, independentemente daquilo que acontece no mundo. Não importando se aos olhos da humanidade seja bom ou ruim, do caos presente as ruas, das calamidades da natureza, dos flagelos sociais, do abandono moral, Deus é e sempre será Deus. Pode-se não ter o controle sobre pessoas, coisas e/ou acontecimentos, mas Deus os tem nas palmas de suas mãos e a tudo dirige, conforme o conselho de sua santa, sábia, boa, perfeita, eterna, imutável e agradável vontade. Por meio dessa convicção diferenciada, esses jovens demonstraram um testemunho, que extravasa os séculos e aquece aos corações daqueles que nos dias de hoje precisam aprender, que não vale a pena submeter-se as pressões mundanas e modernas, que aparentam ares de piedade, mas que não passam de laços e redes que aprisionam a fé e a confiança em Deus.
            Houve uma resolução de Daniel e de seus amigos, em não contaminar-se com aquilo que lhe estavam sendo oferecido. Ao tomar decisões pondera-se sobre as possibilidades existentes, neste caso ou receber? ou rejeitar? Receber as iguarias, que o rei havia determinado, implicava em rejeitar todo compêndio de diretrizes, para a vida que haviam recebido da parte de Deus. Ao passo que rejeitar o que fora ofertado pelo rei, implicava em uma grave ofensa ao mesmo, todavia os moços demonstravam, que agradar a Deus era o mais importante, para suas jovens vidas. Ao colocar sobre a balança da razão, o que fora oferecido pelo rei e o que vinha sendo ofertado pelo Rei dos reis, não havia espaço para a menor sombra de dúvidas, pois o que é bom, não se compara a aquilo que melhor.
            Deus nos faz ver, por sobre as negras e densas nuvens, de uma noite de tempestades, que a alegria virá logo no amanhecer, nos fazendo contemplar o Sol da Justiça, a Estrela da Manhã. Aquele que é o nosso norte, nosso porto seguro, nosso farol, nosso escudo, NOSSA VITÓRIA. Quando fazemos nossa “opção” – uma vez que afirma as Escrituras Sagradas, que o bem que queremos não o fazemos, e o mal que não queremos, esse sim o realizamos – em firmemente mantermos firmes a confissão de nossa fé no Senhor, independentemente das circunstâncias, que nos rodeiam, o resultado será tal qual o registrado no texto: No fim dos dez dias, a sua aparência era melhor; estavam eles mais robustos do que todos os jovens que comiam das finas iguarias do rei” (Dn 1.8,15). É no mínimo esplendidamente impactante ver que a fidelidade a Deus é ser alvo da fidelidade de Deus sobre nós.
            Passado o prazo estipulado os jovens tementes ao Senhor estavam em uma condição de flagrante superioridade sobre os demais. Quantas vezes você já parou para refletir, sobre essa soberana e graciosa verdade da Palavra de Deus? Muitas vezes somos tentados a que procedamos iguais aos outros, cedendo as pressões do mundo e ao agirmos assim, haveremos de estar negando ao Senhor. Sendo amigo do mundo e sendo inimigo de Deus!!!!
            A escolha pelas coisas de Deus e não as do mundo, fez com que aqueles jovens fossem bem sucedidos, o verdadeiro sucesso vem da obediência aos preceitos de Deus. É Ele quem nos capacita, nos fortalece, nos sustenta, pois nossa vida, sonhos, realizações, tudo o que somos e temos está em Deus.
            Quais são os resultados que você procura para sua vida? Busque a Deus com fidelidade e inteireza de coração como Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Não se contamine com aquilo que o mundo oferece: sexo, dinheiro, luxúria, prazeres, cobiça, fama, glória; antes resolva firmemente não contaminar-se, ou seja, consagre-se a viver na mais profunda, íntima e verdadeira comunhão com Deus. Nas palavras do salmista: “Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará” (Sl 37.4-5).

Nenhum comentário:

Postar um comentário