“Resolveu Daniel, firmemente, não
contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia;
então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se ... No
fim dos dez dias, a sua aparência era melhor; estavam eles mais robustos do que
todos os jovens que comiam das finas iguarias do rei” (Dn 1.8,15).
Vivemos em
nossos dias sob uma forte pressão da sociedade, em aceitar tudo, sem que haja
uma reflexão crítica sobre as coisas. Ora, vejamos se não é exatamente assim, nos
dias de hoje: a luta de igualdade pelos menos favorecidos, a luta pela escolha
sexual, a luta pelo respeito aos direitos, a luta pela absolutização da
liberdade, bem como tantas outras modalidades de lutas, algumas são
perfeitamente lícitas outras na verdade não passam de falácias, de conjunturas
hedonistas e imorais que buscam insanamente fugir a realidade que TODOS foram
criados a IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS, ainda que NEM TODOS se curvem ante essa
VERDADE ABSOLUTA, ela não depende da aceitação humana, mas D’AQUELE QUE A AFIRMA.
O jovem
Daniel assim como seus amigos e compatriotas, Hananias, Misael e Azarias,
judeus vítimas da ferocidade do poderoso Império Babilônico, que impôs inúmeros
atos de selvageria, onde foram arrancados de suas casas, contemplaram a chacina
de parentes e amigos, tiveram sonhos transformados em profundas frustrações, também
não lhes foi respeitada a dignidade enquanto pessoas, mas tendo sido
transformados em escravos, transportados foram para uma terra distante, para
uma casa que não era a deles, a fim de que servissem a um rei desconhecido. Agora
ao construir uma ponte, onde muitos são confrontados com a também dura e
desesperançosa realidade vivenciada, conclui-se que não existem tantas
diferenças, pois muitos vivem hoje, amargurados, pelos mesmos motivos, ou
situações semelhantes as citadas acima, são pessoas que estão acorrentadas,
desiludidas, desmotivadas, e até mesmo destruídas. Sem dignidade, sem sonhos,
sem desejo de viver, em fim foram saqueadas no âmago, e revolvendo-se dentro de
suas almas inquietas clamam por restauração, mudança e paz.
Chama a
atenção, que tendo todos os motivos alegados, por aqueles que vivem nos dias atuais,
Daniel e seus patrícios efetivamente se mantiveram sobriamente sólidos em
permanecer fieis a aliança, para com Deus. Apesar de tudo estar aparentemente envolto
ao caos, toda dor causada, pela tremenda violência da guerra, todavia esses
jovens conservaram a mesma postura. Independentemente de estarem distantes de
casa, fora da presença de seus pais, não terem mais seus amigos. O que certamente
é intrigante pensar: Como jovens que viveram em meio a um contexto de
catástrofe, não se deixaram abalar ao ponto de renunciar sua fé e abandonar o
Deus a quem serviam???!!! Pois aquilo que se observa hodiernamente é que por
muito, muito pouco as pessoas negam a Deus e abandonam a Sua aliança.
A convicção
de que Deus é Deus, independentemente daquilo que acontece no mundo. Não
importando se aos olhos da humanidade seja bom ou ruim, do caos presente as
ruas, das calamidades da natureza, dos flagelos sociais, do abandono moral,
Deus é e sempre será Deus. Pode-se não ter o controle sobre pessoas, coisas
e/ou acontecimentos, mas Deus os tem nas palmas de suas mãos e a tudo dirige,
conforme o conselho de sua santa, sábia, boa, perfeita, eterna, imutável e
agradável vontade. Por meio dessa convicção diferenciada, esses jovens
demonstraram um testemunho, que extravasa os séculos e aquece aos corações daqueles
que nos dias de hoje precisam aprender, que não vale a pena submeter-se as
pressões mundanas e modernas, que aparentam ares de piedade, mas que não passam
de laços e redes que aprisionam a fé e a confiança em Deus.
Houve uma
resolução de Daniel e de seus amigos, em não contaminar-se com aquilo que lhe
estavam sendo oferecido. Ao tomar decisões pondera-se sobre as possibilidades
existentes, neste caso ou receber? ou rejeitar? Receber as iguarias, que o rei
havia determinado, implicava em rejeitar todo compêndio de diretrizes, para a
vida que haviam recebido da parte de Deus. Ao passo que rejeitar o que fora
ofertado pelo rei, implicava em uma grave ofensa ao mesmo, todavia os moços
demonstravam, que agradar a Deus era o mais importante, para suas jovens vidas.
Ao colocar sobre a balança da razão, o que fora oferecido pelo rei e o que
vinha sendo ofertado pelo Rei dos reis, não havia espaço para a menor sombra de
dúvidas, pois o que é bom, não se compara a aquilo que melhor.
Deus nos faz
ver, por sobre as negras e densas nuvens, de uma noite de tempestades, que a
alegria virá logo no amanhecer, nos fazendo contemplar o Sol da Justiça, a Estrela
da Manhã. Aquele que é o nosso norte, nosso porto seguro, nosso farol, nosso
escudo, NOSSA VITÓRIA. Quando fazemos nossa “opção” – uma vez que afirma as
Escrituras Sagradas, que o bem que queremos não o fazemos, e o mal que não
queremos, esse sim o realizamos – em firmemente mantermos firmes a confissão de
nossa fé no Senhor, independentemente das circunstâncias, que nos rodeiam, o
resultado será tal qual o registrado no texto: “No
fim dos dez dias, a sua aparência era melhor; estavam eles mais robustos do que
todos os jovens que comiam das finas iguarias do rei” (Dn 1.8,15).
É no mínimo esplendidamente impactante ver que a fidelidade a Deus é ser alvo
da fidelidade de Deus sobre nós.
Passado o prazo estipulado os jovens
tementes ao Senhor estavam em uma condição de flagrante superioridade sobre os
demais. Quantas vezes você já parou para refletir, sobre essa soberana e
graciosa verdade da Palavra de Deus? Muitas vezes somos tentados a que procedamos
iguais aos outros, cedendo as pressões do mundo e ao agirmos assim, haveremos
de estar negando ao Senhor. Sendo amigo do mundo e sendo inimigo de Deus!!!!
A escolha pelas coisas de Deus e não
as do mundo, fez com que aqueles jovens fossem bem sucedidos, o verdadeiro
sucesso vem da obediência aos preceitos de Deus. É Ele quem nos capacita, nos
fortalece, nos sustenta, pois nossa vida, sonhos, realizações, tudo o que somos
e temos está em Deus.
Quais são os resultados que você procura para sua vida? Busque a Deus com fidelidade e
inteireza de coração como Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Não se contamine com aquilo que o
mundo oferece: sexo, dinheiro, luxúria, prazeres, cobiça, fama, glória; antes
resolva firmemente não contaminar-se, ou seja, consagre-se a viver na mais profunda,
íntima e verdadeira comunhão com Deus. Nas palavras do salmista: “Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os
desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais
ele fará” (Sl 37.4-5).
Nenhum comentário:
Postar um comentário