quinta-feira, 30 de abril de 2015

O QUE DIGO!!!






“Quando, pois, vos levarem e vos entregarem, não vos preocupeis com o que haveis de dizer, mas o que vos for concedido naquela hora, isso falai; porque não sois vós os que falais, mas o Espírito Santo.” Mc. 13.11.

            Há tanto murmúrio, praguejo, lamento. Tantas vozes que se desdobram, uns se apressam a dar notícias ruins, outros prognosticam funestamente, ainda há aqueles que em seus pronunciamentos ácidos e mórbidos se engolfam nas misérias alheias. Não há nada que acarrete tantas falas em nossos dias como as futilidades das personalidades, as trivialidades dos acontecimentos e as fugacidades das tecnologias.
            As multidões angustiadas falam, ainda que sem perceber, sobre o vazio da alma. O discurso relativo à necessidade de ter, para sentir-se bem. Do possuir, a fim de justificar suas relações de poder sobre coisas e/ou pessoas. Da manipulação através de chantagens emocionais, que não passam de clichês amarrotados pelo tempo. Suas vidas são sublimadas pelas futilidades, daqueles que prevalecem na empresa midiática do emblemático conto de fadas, “... e viveram felizes para sempre”. Demonstrado na explosão de audiência dos inúmeros reality shows existentes onde as falas são vazias, os discursos fúteis e os debates são chulos.
            Não surpreende que a cobertura dada aos fatos ocorridos, seja direcionado as trivialidades da presente geração. Acontecimentos que alimentam a carnalidade, dilaceram a alma e atentam contra a racionalidade e personalidade humanas. A título de exemplo, pode-se notar o homem moderno, pois esse, a cada dia em que fala menos sobre Deus, acha ele, que desvendará as vicissitudes de sua existência. Entretanto, esse entendimento não passa de falácia, construção filosófica barata, um discurso inverídico. Pois as banalidades com muitos sonham, desejam, planejam, se esforçam por alcançar, os afastam do Criador. Assim como se condenam com a própria fala. Um vez que pedem o que desejam seus corações apodrecidos pela luxuriante necessidade de pecar.
            A vida moderna e suas comodidades também contribuem e muito, para a tessitura desse enredo. O contínuo desenvolvimento da tecnologia trouxe e continua trazendo inúmeras melhorias a vida cotidiana da humanidade. É inegável que com o desenvolvimento tecnológico, a vida foi facilitada em diversos e múltiplos aspectos. Atividades tiveram seu tempo de conclusão abreviado, resultados foram otimizados, desperdícios foram minimizados e como conclusão dessa equação, “sobra tempo!”. E essa sobra de tempo é um sério problema, pois as pessoas ficaram ociosas, e em meio a ociosidade descobriram maneiras de pecar e as tem divulgado, bem como estimulado outros a fazerem o mesmo, e assim como a partilharem suas misérias, onde outros as curtem e se tornam comuns as misérias alheias.
            As conversações de nossos dias, as reivindicações das gerações, as falas das personalidades, os anseios externados pela juventude, os temores e medos que assolam as pessoas e os confusos discursos de nossos líderes tem em comum dúvidas e incertezas quanto ao futuro, mas também, quanto ao presente. Cabe a igreja a responsabilidade de comunicar o Santo evangelho da graça de Deus em Cristo Jesus. Somos nós que detemos esperança, amor, e paz, da parte de Deus. Esperança, que não morre, amor verdadeiro e sacrificial, que não pode ser comensurado e paz perene, ainda que em meio as aflições da vida.
            Diga as pessoas, diga ao mundo e, sobretudo diga a você mesmo: Cristo vive, Ele é o caminho, verdade e vida que nos conduz a esperança, ao amor e a paz. Que o Espírito Santo fale a nós e através de nós para a glória de Deus.
 Rev. Eugênio Honfi

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