quarta-feira, 8 de abril de 2020

A VONTADE DE DEUS É A MEDIDA DE TODAS AS COISAS




“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rm 12.2.


            O “Homem Vitruviano” (1490 d.C.), de Leonardo da Vinci (1452-1519 d.C.), é entendido por muitos, como sendo na pessoa do homem, a medida de todas as coisas. O homem é visto como o centro de tudo quanto existe, ou seja, o centro do universo. Essa falácia é fruto do pensamento caído, do homem dissociado de Deus, do ser humano entregue as suas próprias e inebriantes paixões.
            Nesses dias de tamanha confusão de ideias e de tantas falsas filosofias, a afirmativa de Ambrósio (340-397 d.C.), um dos grandes apologetas do séc. IV, soa como um sério chamamento a que retornemos nosso entendimento, a irrestrita dependência do Senhor. Para tal, faz-se impreterível e urgente, a necessidade de cessar os labores e refletir franca e objetivamente sobre essa máxima, bem como, das suas implicações, para a nossa vida: A vontade de Deus é a medida das coisas.
            Deus é soberano. É soberano, porque não precisa ou depende de absolutamente nada, ou ninguém, a não ser de si mesmo, para ser aquilo que É. Não quem possa oferecer conselhos ao Criador, pelo contrário, é Ele que a tudo comanda e governa, com profunda sapiência, em todos os acontecimentos terrestres e espirituais, pontuais, circunstanciais e cósmicos, em todo o universo Ele faz ecoar sua poderosa voz. Nada ocorre além ou alheio a Sua vontade.
            Sua Onisciência deriva de Sua Soberania e não o contrário. Por ter Ele decretado antes dos tempos eternos, tudo que de ocorrer e consequentemente, toda sucessão de fatos relacionados, e de todos os desdobramentos, conclui-se que os supracitados eventos, não podem ser interpretados, como meras conjecturas de possibilidades, ou fatalidades, antes, como certos e finais, sem, todavia serem confundidos, como ocasionalidades, e sim, como frutos da boa mão d'Aquele que conduz os acontecimentos, com tamanha perfeição, santidade e justiça, para o louvor de Sua glória e para a felicidade do gênero humano.
            Ambrósio ao declarar que é a vontade de Deus e não a nossa, que é a medida das coisas. Está nos convidando a confiarmos na Sua bondosa fidelidade, em repousarmos na sua Santa providência, em nos regalarmos em Sua amorosa misericórdia, em sermos restaurados por sua maravilhosa graça. Portanto, não somos nós, nem vontade, empenho e esforço nosso, ou qualquer outro possível determinante. Mas é em Deus e em sua vontade, que as coisas acontecem, que os fatos ocorrem, que o futuro é descortinado e revelado, por Aquele que o decretou.
            Assim, quando atinamos que é só, e somente só, por essa vontade divina, que o Eterno e Soberano, demonstra Seu favor e cuidado nos mínimos e insignificantes eventos, o que, por conseguinte, nos direciona a refletir diante daquelas que notoriamente são consideradas as imensas e marcantes decisões, quer em nossas vidas, quer na História mundial! Concluímos que: o Altíssimo está sempre presente, e, também, sempre no controle.
            As “coisas” devem ser constantemente medidas, pela vontade de Deus. Vontade essa, que é boa, perfeita e agradável. Procuremos todos nós nos alegramos e nos fortalecermos no Senhor, pois em todas as coisas Ele manifesta Seu poder, vontade, soberania, graça, santidade, justiça e amor.
            Que a medida da vontade divina para nós, seja aquela, única, que satisfaça e exerça plenitude em nossas almas. Glória, honra e louvor a Deus, amém!
Rev. Eugênio Honfi.

Um comentário: