“Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que
sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma,
mantendo exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios, para que, naquilo
que falam contra vós outros como de malfeitores, observando-vos em vossas boas
obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação.” 1 Pedro 2.11-12.
“O Peregrino” é indiscutivelmente a obra mais conhecida de John
Bunyan, escritor e pregador cristão do Século XVII. Apontada dentro do
seguimento protestante, como sendo, depois da Bíblia Sagrada, a obra mais
traduzida para outros idiomas.
Na citada obra, o ator relata a condição de transitoriedade da
vida. Cristão, um homem, que envida diligentemente todos os esforços na busca
da Santa cidade. Nessa persistente procura se apresentam: perigos, distrações,
facilidades e comodidades, que tentam contínua e constantemente demovê-lo de
seu firme propósito. A caminhada é dura, não só pelas dificuldades existentes,
mas também, pelo pesado fardo carregado pela personagem.
Em
sua andança, o peregrino recebe importante auxílio vindo dos céus, sem o qual,
lhe seria impossível obter sucesso nessa ardorosa empreitada. Percebe-se ao
longo da peça literária, a intervenção do Deus Eterno, desde o reconhecimento da
condição pecaminosa, quer seja própria, quer da cidade em que habita. Assim
também do aparecimento de personagens que o ajudam a perseverar em seu
objetivo. O sucesso do personagem central, não está em si próprio, mas no
testemunho da ação soberana de Deus, na vida daquele.
Nossa caminhada foi perfeitamente exemplificada por meio dessa
importante obra. Que nada faz, senão servir de exemplificação do texto sagrado
das Escrituras do Antigo e Novo Testamento. Precisamos nos aperceber que de lá
para cá, apesar de todo advento e desenvoltura tecnológica, a verdadeira
felicidade está em Deus e consequentemente no estreitamento da relação de
comunhão com Ele. Não é a quantidade de bens, ou de amizades, ou até mesmo nas
benesses recebidas de Deus, ou de qualquer outra coisa, mas exclusivamente na
Pessoa do Criador.
Meios
não justificam fins, assim como, o muito que se pode ter, consequentemente também
acarretará a multiplicação de suas preocupações. É imprescindível nos despirmos
de nós mesmos, de nossa vontade, isto é, de nossa antiga natureza, através do
sacrifício de Jesus, para que sejamos vivificados, chamados, capacitados e
conduzidos a percorrer as sendas da vida, a fim de que cheguemos ao nosso destino
final, a Cidade Santa.
É necessário lembrar, que os nossos atos tem consequências eternas, ou seja, aquilo que fazemos hoje, aqui e agora, reflete para a eternidade! Por mais que tenhamos o cuidado de sermos pontuais e cuidadosos em nossas ações, as mesmas reverberam e atingem outros de forma e maneira que não temos como comensurar a intensidade ou a efetividade, nem a forma ou a maneira! Entretanto, fato é que outros são afetados positivamente ou negativamente por nós!
Logo irmãos busquemos
não as coisas dessa terra corrompida, que a traça rói, o ladrão rouba e a
ferrugem corrói, mas desejemos as coisas lá do alto, que são santas, eternas e
imarcescíveis, pois procedem do Pai das luzes, que é uma contínua fonte de
bênçãos inextinguíveis. Não esqueçamos nós, que também somos peregrinos! Estamos apenas de passagem! Nossa pátria celestial nos aguarda! Aleluia!
Ao
Senhor governador soberano sobre tudo e todos, cujo Reino de Santidade nos
eleva aos céus, seja tributada: honra glória e louvor. Amém!
Vosso conservo, Rev. Eugênio
Honfi.
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