...todavia, não puderam beber as águas de Mara, porque eram amargas; ...
e o Senhor lhe mostrou uma árvore; lançou-a Moisés nas águas, e as águas se
tornaram doces. (Êx 15.23 e 25)
Quantos amargores, nós já não experimentamos! Adversidades
familiares, perseguições profissionais, revezes relacionais, entre outros, são
apenas algumas das complexas dimensões enfrentadas por qualquer um de nós, mas
também, por todos nós! Uma vez que, a ideia da grama mais verde é só um mito,
uma projeção do desejo interior, sobre a conjuntura exterior. Os fatos por
vezes são bem diferentes! Eles são reais, duros e frios. Razão pela qual muitos
são abatidos e uma vez prostrados não possuem forças para levantarem-se.
Nos diz as Escrituras: “todavia,
não puderam beber as águas de Mara, porque eram amargas;”. As
decepções e frustrações, as incertezas e dúvidas nos consomem de tal forma, que
passamos a viver uma vida subjugada ao medo e ao pavor, onde a angustia e o
pânico nos exaurem as alegrias, minam as forças e afadigam as motivações para
viver. Nos tornamos inertes, tanto na alma, quanto na volição. Uma vida pautada
na ausência de sonhos e de movimentos, não passa de uma vida vegetativa. Sem sabor
algum, completamente absorta. Isolados de tudo e de todos, inclusive de nós
mesmos. Assim, em meio das insatisfações, das mau carências e querências, vamos
nós caminhando e tropeçando, todavia sem reconhecermos, que na verdade, o que
estamos tentando fazer é fugir desesperadamente, para um lugar que nos ofereça
abrigo e conforto, que não conseguimos encontrar! E a essa altura, já estamos
inteiramente entregues, nosso semblante revela muito mais do que os sinais de
um tempo passado, também revela as cicatrizes das aflições do coração e o
colorido das feridas apostemadas da alma, que ainda ardem em súplica pela restauração!
Esse é o retrato de uma vida amarga!
Os Oráculos divinos revelam que: “o Senhor
lhe mostrou uma árvore”. O Senhor mostrou a Moisés o
meio pelo qual a transformação acontece. Não possuímos recursos a partir de nós
mesmos para mudar! Sabemos que a transformação não é fruto do nosso empenho, ou
da nossa perseverança; nem da nossa vontade, ou da intensidade de nossas ações.
Caso dependesse de nós estaríamos e continuaríamos perdidos, logo aquilo que
necessitamos, também está além de nós, ainda que tão próximo a nós! Assim, o
que necessitamos é da Pessoa Santa e Bendita de Jesus! Pois Ele é: O Justo que
nos perdoa os pecados e nos purifica de toda injustiça (1Jo. 1.9); Quem se
compadece de nossas fraquezas (Hb 4.15); O nosso único e suficiente Mediador (1Tm
2.5); O Cabeça da Igreja (Ef 1.22); Que nos amou primeiro (1Jo 4.19); Quem nos
aperfeiçoa, firma, fortifica e fundamenta (1Pe 5.10); Que nos gerou pela
Palavra da Verdade (Tg 1.18); Que nos escolheu e nos faz frutificar (Jo 15.16).
Jesus é o meio pelo qual fomos alcançados, perdoados, libertos, salvos, enfim
transformados.
O texto nos assevera ainda que: “as águas
se tornaram doces”. E uma ação completa de Deus. Sua
maravilhosa e benfazeja graça nos toma de tal forma, que nossa natureza é
demudada, modificada, alterada em sua essência. Ele nos transforma! Louvor e
glória pois Lhe sejam tributados. Pois é Deus que em nós opera grande obra. Ele
nos demove: do império das trevas, para o Reino do Céu (Cl 1.13); da maldição
do pecado, para a benção da Graça (Rm 6.14); da condição de filhos da ira (Ef
2.3), para filhos de Deus (Ef 1.5); da velha natureza, para a nova natureza (Rm
5.12-21). É Ele que age e nós é que “sofremos” Sua ação. Ele é ativo, nós
passivos. Entretanto, quando Ele intervém, aquilo que estava em desordem, que
padecia em meio ao caos, que se esvaia ao ponto da mais completa estagnação. De
forma sobrenatural é modificado, deixa de ser o que era, uma caricatura! Para
agora, após a ação plena do pleno Deus, passar a ser e a existir de forma
completa e perfeita. Deus é o agente da transformação!
Eu e você precisamos de Deus. Nós carecemos do Senhor em
nossas vidas. É Ele quem opera a mudança em nosso ser. Ele acrescenta em nós a
nova, santa e perfeita natureza de Cristo. Para que como transformados,
possamos viver nova vida. Uma vida plena e transbordante, através do Espírito
de Cristo. Para que assim possamos nós viver, vida santa, piedosa e agradável
ao Senhor. Leia as Escrituras, ore, jejue, congregue junto aos irmãos, partilhe
do pão e do fruto da videira, cultive os frutos do Espírito, seja um
abençoador, pois as amarguras de uma vida distante de Deus, em nada se compara
a uma vida de pleno dulçor aos pés de Cristo Jesus, o Senhor!
Em Cristo Jesus, Senhor da seara. Vosso conservo, Rev. Eugênio
Honfi.
Excelente reflexão, Deus continue te abençoando. Te desejo sabedoria, saúde e paz
ResponderExcluirUm abraço.
Klebson Silva
João Pessoa, PB
Querido irmão, muito grato pelo comentário. Você é bênção em minha vida!
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