quarta-feira, 15 de julho de 2020

O QUANTO DE DEUS VOCÊ CONHECE?

Jovens na Madrugada: Caminhando nos passos de Jesus


DEVOCIONAL: PERENE GRAÇA

(15/07/2020)

 

O QUANTO DE DEUS VOCÊ CONHECE?

 

E todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo, pois, conforme prometeu o Senhor, no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento para os sobreviventes, para aqueles a quem o Senhor chamar.” (Joel 2.32).

 

        Para conhecer alguém é necessário conviver com ela. Não há como descobrir quem é o outro, sem que primeiro você se permita um tempo de convivência. Assim, faz-se oportuno baixar a guarda, sair da posição de centralidade e refletir sobre a pessoa do outro. Veja que é nesse viés, que vamos alcançar uma série de descobertas, e, também de certezas, pois quanto mais nos permitimos viver conjuntamente, mais sólida e consistente, se torna a relação. É exatamente nessa compreensão que desejo lhe perguntar: O quanto você conhece a Deus? Não estou indagando sobre o quanto você já ouviu falar sobre Ele, mas o quanto em sua jornada de vida, você tem construído um relacionamento com o Deus Eterno?

        Penso que essa resposta pode ser respondida, com pelo menos três diretrizes: o quanto você lê a Escritura Sagrada, como você ora e da forma que você vive o evangelho!

        Em primeiro lugar, o quanto você lê a Escritura Sagrada. Destacamos duas afirmativas feitas pelo Senhor Jesus, para nosso norteamento: Jesus respondeu: Vocês estão enganados porque não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus!” (Mateus 22.29) Vocês estudam cuidadosamente as Escrituras, porque pensam que nelas vocês têm a vida eterna. E são as Escrituras que testemunham a meu respeito;” (João 5.39). Necessitamos da leitura da Bíblia, como fonte primária do testemunho sobre a pessoa santa e bendita do Deus Triuno! É através da ação do Espírito Santo e da leitura das páginas da Escritura, que nossa mente vislumbra a pessoa de Deus. Ele fala conosco, através da Sua Santa Palavra! Aquilo que O aborrece (Pv 6.16-19), aquilo que O agrada (Sl 51.16-19), aquilo que Ele espera de nós (Mq 6.8), os termos de Sua aliança para conosco (Rm 5-8)! Nesse aspecto, quanto mais conhecemos a Bíblia, mais conheceremos sobre seu autor, Deus! Não é sem razão que o salmista declara: “Como amo a tua Lei, nela medito o dia inteiro” (Sl 119.97), “Guardei no coração a tua palavra para não pecar contra ti” (Sl 119.11), “Abro a boca e suspiro, ansiando por teus mandamentos” (Sl 119.131), Meus lábios transbordarão de louvor, pois me ensinas os teus decretos” (Salmos 119:171). Enfim, quanto mais conhecemos a Bíblia, maior conhecimento teremos sobre Deus, e por conseguinte, como devemos nos relacionar com Ele!

        Em segundo lugar, como você ora. Não estamos debatendo se você ora em pé, ou sentado, ou de joelhos, ou literalmente com o rosto sobre a terra! Se a oração é silenciosa ou estridentemente ruidosa! Se é diminuta e objetiva, ou alongada e prolixa! Mas acerca da real e verdadeira disposição do seu coração, perante o Senhor! Você já refletiu se a intenção de seu coração é a de agradar a Deus, ou aos homens? Jesus condenou veementemente as vaidosas orações auto promotoras (Lc 18.9-10); as esteticamente impecáveis, que provém de almas vazias (Mt 6.5); as repetitivas e enfadonhas (Mt 6.7); as enganosas e mentirosas (Os 6.3), entre outras tantas! O SENHOR nos diz em sua Palavra que: Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás”. (Sl 51.17). É nos aproximarmos e caminharmos diante d’Ele em temor (1Pe 1.17). É desnudarmos nosso coração perante Ele, pois o Seu Espírito perscruta o âmago de nossa alma (Jr 17.10). É termos a correta compreensão, que não há para onde fugir da presença do Altíssimo (Sl 139.7-10), Portanto, pouco importa o lugar que estivermos! Logo, aquilo que realmente é urgente e indispensável é que nosso coração esteja sedento da presença do Eterno (Sl 42.2), que nossa alma seja alegrada diante d’Ele (Fl 4.4), que se esvaiam nossos temores, preocupações e ansiedades perante Ele (1Pe 5.7), tal qual o exemplo de Maria, irmã de Marta e Lázaro, que escolheu a melhor parte (Lc 10.42)! Jesus nos ensina que orar é conversar com Deus nosso Pai (Mt 6.9-13).

        Finalmente, da forma que você vive o evangelho. Observa-se claramente, que o quanto conhecemos da palavra de Deus, acrescido de como oramos, resulta entre outros: no modelar da nossa cosmovisão da vida (Rm 12.1-2); no fornecimento das diretrizes, para os nossos relacionamos pessoais (Mt 7.12); bem como, nos parâmetros para o nosso comprometido engajamento na execução da missão (Lc 10.2), que é o comunicar das boas novas de salvação. Com já fora afirmado e demonstrado, o Evangelho não é um mero conteúdo a ser teorizado, mas diretrizes para a prática cotidiana da vida (Lc 6.31-38)! E para tal, implica em vestir-se do Evangelho (Ef 4.24; Cl 3.10), em alimentar-se dele (Jo 6.51), em ser conduzido pelas mãos do Soberano, em ter a mente de Cristo (1Co 2.16), em viver na constante e efusiva busca da glória do Senhor em nosso proceder! É ter o olhar misericordioso de Jesus (Mt 9.36), para com os que vivem desapercebidos da maravilhosa graça. É a semelhança de Cristo, atender em suas múltiplas necessidades os carentes. É ser acessivamente disponível, aos que lhe buscam, indepentemente das necessidades demandadas. É viver o evangelho em toda sua pureza e plenitude. É romper com a tradição dos homens, para viver a leveza da liberdade responsável no Senhor! É descobrir-se um bem-aventurado discípulo do Mestre e nessa perspectiva exaltá-Lo exultantemente com os lábios, mas também, por meio da vida! É uma eterna celebração que nunca diminui seu brilho, intensidade e fulgor! É viver o hoje voltado para o amanhã, assim como ansiamos pela chegada do amanhã, ainda hoje! Onde definimos tanto o nosso hoje, como o nosso amanhã, na bendita e santa pessoa do Senhor Jesus Cristo!

        O texto acima do profeta Joel só poderá ser corretamente interpretado, quando o nosso relacionamento com Senhor não apenas é uma realidade, mas sobretudo ocorre em um caráter estreito! Somente quando bem juntos ao Senhor, invocá-Lo se torna uma constante! O invocamos não para ter alguma coisa, mas por quem Ele é! O invocamos por que Ele é Deus, Santo, Soberano, Auto-existente, Salvador... O que Ele faz é consequência de quem Ele é! Nossa salvação é e está garantida. Porque assim Ele diz em sua palavra. A qual conhecemos e nos estimula a orarmos em atitude de louvor, honra e gloria ao Seu nome, mas também de confissão de pecados, de súplica pelo perdão e de gratidão por suas dádivas! Na Palavra e na oração somos impulsionados a vivermos a pureza e a simplicidade do Evangelho, que nos foi revelado, na pessoa santa e bendita do Senhor Jesus! O quanto conhecemos de Deus será demonstrado no quanto confiamos n’Ele e o quanto nos submetemos a Sua vontade! Pense nisso!

        Que o Senhor aqueça seu coração, fortaleça sua fé e muito lhe abençoe!

        Vosso conservo, Rev. Eugênio Honfi.


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