DEVOCIONAL:
PERENE GRAÇA
(17/07/2020)
QUANDO
A QUEDA É NECESSÁRIA!
“Mas, se
vocês soubessem o que significa: “Quero misericórdia, e não sacrifício”, não
teriam condenado inocentes.”
(Mateus 12.7).
A cena que me vem à mente é de um homem
caminhando na calçada, quando de repente ele cai! O que teria acontecido? Ele
estava caminhando de forma displicente? Não! Talvez ele estivesse olhando para
o celular enquanto andava? Afinal, muitas pessoas fazem isso hoje! Também não!
Então o transeunte teve uma vertigem e caiu? Não foi isso! Então o que pode ter
lhe causado a queda? A queda foi causada pelos calçados que estava usando! Esse
simples fato, tem mais a haver com a realidade de nossas vidas, do que eu e você
pensamos!
No contexto imediato do capítulo 12 do evangelho
de Mateus, os fariseus, orgulhosos interpretes da Lei de Deus, estão
repreendendo a conduta dos discípulos de Jesus, pois esses estavam colhendo
milho para alimentar-se, mas no Shabath, dia de descanso! Assim, imediatamente
levaram o caso ao conhecimento do Mestre, esperando que Ele prontamente os
repreendesse! Jesus ouve a queixa e repreende, mas não os discípulos, e sim os fariseus!
Exortando-os de que sua interpretação, quanto ao dia de descanso estava
plenamente errada! Já que pela tradição imposta ao Shabath, deixou de ser um
dia deleitoso de busca da presença do SENHOR, para ser transformado em um dia
de mera observância a rituais fios e mórbidos. Não havia alegria, contentamento
e júbilo, por estar na presença de Deus, mas exatamente o contrário! Apenas a
apresentação de enfadonhas cerimonias e observância de extensos protocolos.
Você vai se assustar com a quantidade de
pessoas que se sentem exatamente assim! Não se engane! Você pode hoje, encontrar
templos cheios, abarrotados de fieis, entretanto, apesar da grande multidão vai
perceber que se trata de pessoas vazias! Isso mesmo, não passa de uma enorme massa
disforme de religiosos! Pois não tiveram um encontro transformador de vida, aos
pés do Senhor! São pessoas respeitadas da sociedade, podem ter constituído famílias,
chegando até a condição de comporem cargos de liderança eclesiástica. Entretanto,
ainda não se renderam ao Senhor da Igreja! E, assim precisam urgentemente
nascer de novo! Nascer do Espírito! E por vezes causam dissabores entre irmãos,
perturbam a paz, tecem criticas leoninas, invejam a bênção do Senhor sobre os
justos, buscam reconhecimento e louvor para si, tais quais, fariseus e
saduceus, nos dias de Jesus!
Jesus Cristo veio ao mundo para nos
redimir do pecado e de seus efeitos! Nossa única salvação é o Senhor Jesus! Nossa
confiança não está posta na fragilidade religião ou na complexidade dos sistemas
doutrinários, mas na excelência do Messias! Nossos olhos não devem contemplar a
relevância dos feitos dos homens, por mais impressionantes que sejam, porém
devemos manter nosso olhar fixado no Autor e Consumador da nossa fé! Não somos reféns
de qualquer ato de bondade recebido, entretanto somos eternos devedores da
maravilhosa e salvífica graça dispensada da parte do Altíssimo! Também não está
na quantidade de bens a nossa disposição, como fator que ateste a bênção do
Eterno em nossa vida, todavia é na pureza da comunhão com o Santo que se manifesta
o nosso verdadeiro tesouro! Você consegue compreender que a religiosidade e a
tradição não passam de uma casca seca e morta! Aquilo que realmente agrada ao coração
de Deus é o nosso coração quebrantado e compungido, como sinônimos, para a
pureza de alma em Sua presença!
Tanto eu como você, verdadeiramente precisamos
de Jesus! De aprendermos de Sua santa e bendita palavra. De ouvirmos apenas a Sua
poderosa e doce voz. De nos prostramos humildemente diante d’Ele. De buscarmos
a Sua presença em fervente oração. De nos consagramos dia após dia com ânsia crescente
de Lhe contemplarmos a face. De chorarmos nossos pecados e sorrirmos pela renovação
da Sua misericórdia sobre nós. De sermos usados com intrepidez e ousadia na
pregação das boas-novas do Evangelho. De exalarmos o bom perfume de Cristo. De refletirmos
o incessante brilho e fulgor de Sua glória. De diminuirmos em nós mesmos, para
transbordarmos em Seu Santo Espírito. De frutificar a 30, 60, ou a 100 por 1.
De vivermos o regozijo do céu, já aqui na terra.
Por isso, que desejo lhe fazer um
convite! Despoje-se do velho homem, de sua pretensa justiça própria, de sua morta
religiosidade, de suas ideias pré concebidas. A confiança na religiosidade é como
a queda causada, pela deficiência dos calçados, pois eles não servem! Aconselho-lhe
a que troque esses calçados da religiosidade e calce seus pés no santo
evangelho de Cristo, e assim passe a deleitar-se em uma vida de vívida
comunhão, de real santidade, de constante crescimento, de alegria perene na
presença do Senhor Jesus Cristo! Lembre-se do que diz o profeta Isaías (52.7): “Quão formosos
são sobre os montes os pés do que anuncia boas-novas, que faz ouvir a paz, que
anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: “O seu Deus
reina!”” Pense
nisso!
Que o Senhor aqueça seu coração, fortaleça
sua fé e muito lhe abençoe!
Vosso conservo, Rev. Eugênio Honfi.
Edificante
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